POR : LYNNGLOMMY
A idéia da morte sempre foi um “mistério” para a humanidade. Interpelações sobre o lugar para onde iremos ou o que irá nos acontecer após a morte sempre estiveram presentes na grande maioria das sociedades.
Hoje vemos a morte como o encerramento de um ciclo ou o “fim do cotidiano”, porém essa idéia – talvez negativa – da morte nem sempre foi encarada como é atualmente.
Na idade média, a idéia da morte não incomodava as pessoas, elas, ao contrário, viam a morte com muita tranqüilidade e naturalidade e ainda pressentiam quando a morte estava se aproximando e assim tinham tempo de se preparar para ela. O ruim não era morrer e sim não ter se preparado para morte, pois, como prega o cristianismo, a morte é o início da vida eterna, assim, quando os medievais sentiam que o momento da morte se aproximava, eles começavam a fazer confissões, doar esmolas e receber sacramentos para ter merecimento à “vida eterna”.
Além da visão transitiva da morte, os rituais fúnebres também tinham um valor enorme na idade média. Era um ritual que envolvia toda a família e a comunidade. Era uma grande cerimônia que deveria ser acompanhada por todos, inclusive pelas crianças. A maior preocupação dos familiares não era com a morte do ente querido e sim com a salvação de sua alma.
Esse conceito de morte na idade média perdurou bastante, porém, com os progressos materiais e o crescente sentimento individualista, a postura em relação á morte foi mudando.
Como o homem começava a viver melhor, ele queria viver mais. Aqui a morte se torna uma vilã que vem separar o homem de todas as suas conquistas materiais. Além disso, a peste negra que tanto assolou os medievais fazia com que as pessoas se horrorizassem com a morte. Elas passaram a ver como a morte podia ser trágica e destrutiva fazendo com que a morte passe de amiga do homem para vilã do homem.
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