sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Estudo Dirigido + Multimídia sobre a Arte Romana


Um (por incrível que pareça) pequeno resumo sobre a riquíssima arte romana.
Enjoy this!

Pintura Romana

Origem
Muito da pintura Romana se perdeu, a saber, pela erupção de um vulcão. O que se preservou dessas pinturas, foi encontrado nas ruínas de Pompéia e Herculano e foram pintados durante o governo de Augusto, dividindo a pintura em quatro estilos.

Primeiro Estilo
Caracteriza-se pela imitação do efeito da cantaria, com aplicação de cores vivas sobre reboco dividido em áreas quadrangulares em relevo, simulando blocos de pedra e suas cores e texturas. Como as casas romanas possuíam poucas janelas para o exterior, as paredes internas tendiam a ser contínuas, e o Primeiro Estilo procura enfatizar essa unidade criando ambientes integrados. Com o passar do tempo se acrescentaram frisos decorados com padrões florais, arabescos e figuras humanas, e outros elementos de arquitetura como colunas e cornijas simuladas. Na altura do século I a.C., esse tipo de decoração já havia desenvolvido no território romano uma complexidade e refinamento que o afastava enormemente de seus protótipos gregos. As áreas de cor começam a não mais obedecer ao desenho do relevo, ultrapassando suas bordas e gerando interessantes efeitos ilusionísticos. O interesse nas combinações de cores contribui para desvincular cada vez mais o estilo de sua origem estrutural, empregando tons jamais encontrados em pedras verdadeiras e padrões geométricos eminentemente decorativos que subvertem a lógica da arquitetura, o que encaminha para a formação do Segundo Estilo

Segundo Estilo
Floresce no ano 80 a.C., um período de ostentação, o qual os murais refletiam isso. As ilusões se tornam mais eficazes e variadas, com a multiplicação de elementos simulados de arquitetura, como colunatas, arquitraves, balaustradas, molduras, janelas e frisos, e aparecem padrões geométricos mais minuciosos e complicados. O efeito unificado e sólido das paredes do Primeiro Estilo se dissolve e as salas parecem se abrir para o exterior, oferecendo vistas de paisagens urbanas e jardins, evidenciando um uso bastante correto da perspectiva para dar a impressão de tridimensionalidade e acomodar os recessos visuais dos cantos dos aposentos. 
Com o Segundo Estilo se inicia a fase de maturidade da pintura romana, passando a desenvolver recursos técnicos, estéticos e simbólicos originais.
O trabalho do pintor do Segundo Estilo deveria estar associado ao do arquiteto, para que a pintura não excluísse o efeito da arquitetura real. O projeto era sempre desenvolvido num papel, em menor escala, para depois ser reproduzido nas paredes. A segunda fase desse estilo vai ser caracterizada por uma simplificação das pinturas, a ostentação diminui e começam a pintar animais, vegetais e pessoas, mas sem o ambiente fantasioso que caracterizou a primeira fase desse estilo.
Essa mudança de cateterística de menos ostentação, vai fazer o segundo estilo entrar em transição para o terceiro.

Terceiro estilo
O terceiro estilo é uma continuação do segundo, porém de uma maneira mais livre e menos pomposa. Os murais perdem a impressão de profundidade e se tornam mais achatados. Nesse estilo também começa a florescer o gosto pela pintura de paisagens com detalhes minimalistas e influências egípcias, principalmente para retratar as vitórias do imperador Augusto no Egito. Usa-se muitas cores escuras e uma técnica de fazer pinturas dentro de pinturas. Os primeiro exemplos desse estilo datam de 15 a.C. Nesse estilo, tetos, paredes e pisos eram pintados, porém a decoração do piso era mais simples, para que os olhares se voltassem para as pinturas de paredes e tetos. Durante este período, o teatro estava em grande ascensão e muitas pinturas retratavam atores em cena, como também diversos trabalhadores em seu dia-a-dia de trabalho.
No ano 25 aC, o terceiro estilo começa a entrar em transição para o quarto estilo.

Quarto Estilo
Esse estilo aparece no ano 45 dC e caracteriza-se pelo ecletismo, pois ele busca elementos de todos os estilos anteriores e os molda com outras configurações. O uso de formas assimétricas, cores quentes, pinceladas livres e maior liberdade de ornamentações também são fortes características desse estilo. O quarto estilo se divide em mais quatro modalidades por sua variedade de formas, são elas:
O tipo Tapeçaria apareceu caracterizava-se unicamente por um modo de pintura que imitava as cores e texturas da tapeçaria.

A maneira Plana usa a bidimensionalidade da parede, alternando superfícies de cor pura com outras mostrando cenas em áreas delimitadas, e seu efeito se funda nos contrastes. Esse modo é geralmente encontrado em casas menos luxuosas, era mais simples e barato, mas um artesão hábil podia produzir com ele uma impressão de notável elegância com meios muito sucintos.

O modo Cenográfico era uma decoração baseada nos cenários teatrais. Muitas obras desse estilo foram encontradas em ruínas, numa gruta, daí o nome de Grottesche a esses painéis decorativos, extravagantes e ao mesmo tempo delicados, que se tornaram uma febre no Renascimento, imitados para a decoração palaciana em vários países.

O modo Barroco, como a palavra sugere, mostra uma grande exuberância e vitalidade e o tratamento das figuras tende a ser dramático, com uma técnica de grande liberdade na pincelada que faz uso frequente do tracejado para criar o efeito de chiaroscuro e volume e elaborar a mistura das cores.

Mosaicos
No império romano, a técnica do mosaico é largamente aplicada como revestimento e decoração coincidindo com a vasta expansão urbanística e a construção de grandes edificações. O mosaico já não é tão intenso como tapete, mas faz parte integrante da arquitetura, alcançando um nível técnico impressionante.


Retratos
Fazem parte da tradição sepulcrau de retratar os mortos. É um estilo que influenciou os retratos Fayum, encontrados no Egito. Esses retratos eram pintados sobre madeiras e postos junto ao sepulcro, quando teve início a tradição de enterrar os mortos.

Pintura popular
Tratam a maior parte das vezes de temas locais, de episódios da vida real da população em seus afazeres cotidianos, outras mostram procissões, cenas de culto e imagens de deuses, e outras funcionavam evidentemente como painéis de anúncio de lojas e oficinas. Essa coleção heterogênea apresenta amiúde feições toscas, e sua unidade interna é fraca, mas não são raras as imagens dotadas de charme e qualidades ingênuas muito interessantes, além de serem expressões autênticas da voz do povo. Por isso são de grande valor para o entendimento da vida romana como um todo 

Tardo-Imperial
Os traços marcantes da coleção ostiense está um aparente desprezo pelo rigor do prumo e do esquadro, que em tempos anteriores criara convincentes ilusões de perspectiva e arquiteturas bastante exatas, para dar lugar a um desenho de linhas livres, bastante fora das coordenadas ortogonais. De qualquer forma, pelo fim do século II d.C. a sensação de solidez e a racionalidade da arquitetura figurada haviam se dissolvido. Isso levou alguns críticos modernos a verem nessa fase uma queda na qualidade, mas a transformação pode ter simplesmente espelhado mudanças nos valores estéticos daquele tempo. Também se percebe uma tendência a um alongamento e esquematização das silhuetas, a um uso de contrastes mais dramáticos, e de retorno parcial a fórmulas abstratas reminiscentes do Primeiro Estilo.


Escultura
Teve grande influência da escultura grega, porém dotada de maior realismo. Os romanos tiveram grande ascensão na escultura, contradizendo a fama de meros copistas, pois além de fazer as ditas “cópias”, os artistas desenvolveram novas técnicas criando sua própria identidade.

Função da escultura romana
No período em que se floresceu a escultura romana, a maioria das pessoas eram analfabetas, então a escultura surge como forma de “literatura acessível” para divulgar a ideologia da região.
Quase todas as esculturas romanas tinha fundo religioso e estavam por toda a parte.

Helenismo e Neoclacissimo
Esse tipo de escultura teve total influência grega, pois, ao ver as estatuárias gregas, muitos romanos desejavam obras iguais e contratavam artistas para fazer réplicas, pagando-os altos preços pelo trabalho. Em 212 a.C., os romanos conquistaram Siracusa, uma rica e importante colônia grega na Sicília, adornada com uma profusão de obras de arte helenística. Tudo foi saqueado e levado a Roma, onde substituiu a escultura de linha etrusca que ainda era cultivada. O saque de Siracusa foi o impulso final para o estabelecimento definitivo do padrão grego no próprio coração da República, mas não deixou de encontrar oposição.

Bustos e estatuárias (Bronze ou mármore)
Roma foi uma grande contribuidora da arte escultórica a partir dos retratos em bustos e cabeças avulsas. Também faziam muitas esculturas de corpo inteiro, mas por fatores econômicos e culturais, os bustos estavam mais em “alta”. Culturais pois, os romanos acreditavam que o centro do interesse retratista não era o corpo nem as vestes, mas sim a cabeça.
Na esfera pública, os retratos eram usados para reafirmação de poder, mas na espera privada, estavam quase sempre associados a um contexto fúnebre, decorando urnas e sarcófagos.
Os bustos e estatuárias, com o passar do tempo, vão ganhando cada vez mais espaço na vida pública. Grande acontecimentos na história de Roma, passavam a ser retratos com cenas em estátuas, as quais seguiam acompanhada de dizeres que contavam a história do momento esculpido.

Sacórfagos
O uso é mais uma herança grega e etrusca, mas só se desenvolveu mesmo na Roma, quando a prática da cremação foi substituída pelo sepultamento, por volta do século II.
Nesses sarcófagos geralmente era esculpido alguns retratos do falecido e cenas como as de banquetes, por exemplo. Os sarcófagos essencialmente romanos geralmente tinham decorações com flores e cabeças de animais esculpidas.

Brinquedos
Os brinquedos são encontrados em todas as culturas, e os romanos não foram exceção. Referências literárias são abundantes desde o período helenista, e tudo indica que havia uma enorme variedade de objetos destinados à recreação infantil, desde as tradicionais bonecas a carrinhos com rodas móveis, figurinhas de guerreiros e animais, e até casas miniaturizadas feitas de metal, madeira ou terracota. Os brinquedos são um terreno fértil para o estudo das condições econômicas e sociais da época

Camafeus
Os camafeus são esculturas miniaturizadas feitas em pedras semipreciosas e usadas geralmente como joias. Esse tipo de escultura era restrito às classes mais altas por seu valor.
Como os outros gêneros, os camafeus também são herança grega.

Coloridas
Descobriu-se recentemente que os romanos, inspirados por gregos, também utilizavam materiais coloridos para dar mais realismo às suas peças. Contradizendo o que acredita-se sobre manter a obra “crua”, muitas das estátuas da Roma recebiam ao menos um tom de cor.

Fonte original: Wikipédia



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