Um (por incrível que pareça) pequeno resumo sobre a riquíssima arte romana.
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Pintura Romana
Origem
Muito da pintura Romana se perdeu, a
saber, pela erupção de um vulcão. O que se preservou dessas pinturas, foi
encontrado nas ruínas de Pompéia e Herculano e foram pintados durante o governo
de Augusto, dividindo a pintura em quatro estilos.
Primeiro
Estilo
Caracteriza-se
pela imitação do efeito da cantaria, com aplicação de cores
vivas sobre reboco dividido em áreas quadrangulares em relevo, simulando blocos de pedra e
suas cores e texturas. Como as casas romanas possuíam poucas janelas para o
exterior, as paredes internas tendiam a ser contínuas, e o Primeiro Estilo
procura enfatizar essa unidade criando ambientes integrados. Com o passar do
tempo se acrescentaram frisos decorados com padrões florais, arabescos e figuras humanas, e outros elementos de arquitetura como colunas e cornijas simuladas. Na altura do século I a.C., esse tipo de decoração
já havia desenvolvido no território romano uma complexidade e refinamento que o
afastava enormemente de seus protótipos gregos. As áreas de cor começam a não
mais obedecer ao desenho do relevo, ultrapassando suas bordas e gerando
interessantes efeitos ilusionísticos. O interesse nas combinações de cores
contribui para desvincular cada vez mais o estilo de sua origem estrutural,
empregando tons jamais encontrados em pedras verdadeiras e padrões geométricos
eminentemente decorativos que subvertem a lógica da arquitetura, o que
encaminha para a formação do Segundo Estilo
Segundo Estilo
Floresce no ano
80 a.C., um período de ostentação, o qual os murais refletiam isso. As ilusões
se tornam mais eficazes e variadas, com a multiplicação de elementos simulados
de arquitetura, como colunatas, arquitraves, balaustradas, molduras, janelas e frisos, e aparecem padrões
geométricos mais minuciosos e complicados. O efeito unificado e sólido das
paredes do Primeiro Estilo se dissolve e as salas parecem se abrir para o
exterior, oferecendo vistas de paisagens urbanas e jardins, evidenciando um uso
bastante correto da perspectiva para dar a impressão de tridimensionalidade e acomodar os recessos visuais
dos cantos dos aposentos.
Com o Segundo
Estilo se inicia a fase de maturidade da pintura romana, passando a desenvolver
recursos técnicos, estéticos e simbólicos originais.
O trabalho do
pintor do Segundo Estilo deveria estar associado ao do arquiteto, para que a
pintura não excluísse o efeito da arquitetura real. O projeto era sempre
desenvolvido num papel, em menor escala, para depois ser reproduzido nas
paredes. A segunda fase desse estilo vai ser caracterizada por uma
simplificação das pinturas, a ostentação diminui e começam a pintar animais,
vegetais e pessoas, mas sem o ambiente fantasioso que caracterizou a primeira
fase desse estilo.
Essa mudança de cateterística de menos ostentação, vai fazer o segundo estilo entrar em
transição para o terceiro.
Terceiro estilo
O terceiro estilo
é uma continuação do segundo, porém de uma maneira mais livre e menos pomposa.
Os murais perdem a impressão de profundidade e se tornam mais achatados. Nesse
estilo também começa a florescer o gosto pela pintura de paisagens com detalhes
minimalistas e influências egípcias, principalmente para retratar as vitórias
do imperador Augusto no Egito. Usa-se muitas cores escuras e uma técnica de
fazer pinturas dentro de pinturas. Os primeiro exemplos desse estilo datam de
15 a.C. Nesse estilo, tetos, paredes e pisos eram pintados, porém a decoração
do piso era mais simples, para que os olhares se voltassem para as pinturas de
paredes e tetos. Durante este período, o teatro estava em grande ascensão e
muitas pinturas retratavam atores em cena, como também diversos trabalhadores
em seu dia-a-dia de trabalho.
No ano 25 aC, o
terceiro estilo começa a entrar em transição para o quarto estilo.
Quarto Estilo
Esse estilo
aparece no ano 45 dC e caracteriza-se pelo ecletismo, pois ele busca elementos
de todos os estilos anteriores e os molda com outras configurações. O uso de
formas assimétricas, cores quentes, pinceladas livres e maior liberdade de
ornamentações também são fortes características desse estilo. O quarto estilo
se divide em mais quatro modalidades por sua variedade de formas, são elas:
O tipo Tapeçaria apareceu caracterizava-se
unicamente por um modo de pintura que imitava as cores e texturas da tapeçaria.
A maneira Plana usa a bidimensionalidade da parede, alternando
superfícies de cor pura com outras mostrando cenas em áreas delimitadas, e seu
efeito se funda nos contrastes. Esse modo é geralmente encontrado em casas
menos luxuosas, era mais simples e barato, mas um artesão hábil podia produzir
com ele uma impressão de notável elegância com meios muito sucintos.
O modo Cenográfico era uma decoração
baseada nos cenários teatrais. Muitas obras desse estilo foram encontradas em
ruínas, numa gruta, daí o nome de Grottesche a esses painéis decorativos,
extravagantes e ao mesmo tempo delicados, que se tornaram uma febre no
Renascimento, imitados para a decoração palaciana em vários países.
O modo Barroco, como a palavra sugere, mostra uma grande exuberância e
vitalidade e o tratamento das figuras tende a ser dramático, com uma técnica de
grande liberdade na pincelada que faz uso frequente do tracejado para criar o efeito
de chiaroscuro e volume e elaborar a mistura das cores.
Mosaicos
No império romano, a técnica do
mosaico é largamente aplicada como revestimento e decoração coincidindo com a
vasta expansão urbanística e a construção de grandes edificações. O mosaico já
não é tão intenso como tapete, mas faz parte integrante da arquitetura,
alcançando um nível técnico impressionante.
Retratos
Fazem parte da
tradição sepulcrau de retratar os mortos. É um estilo que influenciou os
retratos Fayum, encontrados no Egito. Esses retratos eram pintados sobre
madeiras e postos junto ao sepulcro, quando teve início a tradição de enterrar
os mortos.
Pintura popular
Tratam a maior
parte das vezes de temas locais, de episódios da vida real da população em seus
afazeres cotidianos, outras mostram procissões, cenas de culto e imagens de
deuses, e outras funcionavam evidentemente como painéis de anúncio de lojas e
oficinas. Essa coleção heterogênea apresenta amiúde feições toscas, e sua
unidade interna é fraca, mas não são raras as imagens dotadas de charme e
qualidades ingênuas muito interessantes, além de serem expressões autênticas da
voz do povo. Por isso são de grande valor para o entendimento da vida romana
como um todo
Tardo-Imperial
Os traços
marcantes da coleção ostiense está um aparente desprezo pelo rigor do prumo e do esquadro, que em tempos
anteriores criara convincentes ilusões de perspectiva e arquiteturas bastante
exatas, para dar lugar a um desenho de linhas livres, bastante fora das
coordenadas ortogonais. De qualquer forma, pelo
fim do século II d.C. a sensação de solidez e a racionalidade da arquitetura figurada haviam se
dissolvido. Isso levou alguns críticos modernos a verem nessa fase uma queda na
qualidade, mas a transformação pode ter simplesmente espelhado mudanças nos
valores estéticos daquele tempo. Também se percebe uma tendência a um
alongamento e esquematização das silhuetas, a um uso de contrastes mais
dramáticos, e de retorno parcial a fórmulas abstratas reminiscentes do Primeiro
Estilo.
Escultura
Teve grande
influência da escultura grega, porém dotada de maior realismo. Os romanos
tiveram grande ascensão na escultura, contradizendo a fama de meros copistas,
pois além de fazer as ditas “cópias”, os artistas desenvolveram novas técnicas
criando sua própria identidade.
Função da escultura romana
No período em que
se floresceu a escultura romana, a maioria das pessoas eram analfabetas, então
a escultura surge como forma de “literatura acessível” para divulgar a
ideologia da região.
Quase todas as
esculturas romanas tinha fundo religioso e estavam por toda a parte.
Helenismo e Neoclacissimo
Esse tipo de
escultura teve total influência grega, pois, ao ver as estatuárias gregas,
muitos romanos desejavam obras iguais e contratavam artistas para fazer
réplicas, pagando-os altos preços pelo trabalho. Em 212 a.C., os romanos
conquistaram Siracusa, uma rica e importante
colônia grega na Sicília, adornada com uma
profusão de obras de arte helenística. Tudo foi saqueado e
levado a Roma, onde substituiu a escultura de linha etrusca que ainda era
cultivada. O saque de Siracusa foi o impulso final para o estabelecimento definitivo
do padrão grego no próprio coração da República, mas não deixou de
encontrar oposição.
Bustos e estatuárias (Bronze ou mármore)
Roma foi uma
grande contribuidora da arte escultórica a partir dos retratos em bustos e
cabeças avulsas. Também faziam muitas esculturas de corpo inteiro, mas por
fatores econômicos e culturais, os bustos estavam mais em “alta”. Culturais
pois, os romanos acreditavam que o centro do interesse retratista não era o
corpo nem as vestes, mas sim a cabeça.
Na esfera
pública, os retratos eram usados para reafirmação de poder, mas na espera
privada, estavam quase sempre associados a um contexto fúnebre, decorando urnas
e sarcófagos.
Os bustos e
estatuárias, com o passar do tempo, vão ganhando cada vez mais espaço na vida
pública. Grande acontecimentos na história de Roma, passavam a ser retratos com
cenas em estátuas, as quais seguiam acompanhada de dizeres que contavam a
história do momento esculpido.
Sacórfagos
O uso é mais uma
herança grega e etrusca, mas só se desenvolveu mesmo na Roma, quando a prática
da cremação foi substituída pelo sepultamento, por volta do século II.
Nesses sarcófagos
geralmente era esculpido alguns retratos do falecido e cenas como as de
banquetes, por exemplo. Os sarcófagos essencialmente romanos geralmente tinham
decorações com flores e cabeças de animais esculpidas.
Brinquedos
Os brinquedos são encontrados em todas
as culturas, e os romanos não foram exceção. Referências literárias são
abundantes desde o período helenista,
e tudo indica que havia uma enorme variedade de objetos destinados à recreação
infantil, desde as tradicionais bonecas a carrinhos com rodas móveis,
figurinhas de guerreiros e animais, e até casas miniaturizadas feitas de metal,
madeira ou terracota. Os brinquedos são um terreno fértil para o estudo das
condições econômicas e sociais da época
Camafeus
Os camafeus são esculturas
miniaturizadas feitas em pedras semipreciosas e usadas geralmente como joias.
Esse tipo de escultura era restrito às classes mais altas por seu valor.
Como os outros gêneros, os camafeus
também são herança grega.
Coloridas
Descobriu-se recentemente que os
romanos, inspirados por gregos, também utilizavam materiais coloridos para dar
mais realismo às suas peças. Contradizendo o que acredita-se sobre manter a
obra “crua”, muitas das estátuas da Roma recebiam ao menos um tom de cor.
Fonte original: Wikipédia
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