Dor, medo, cidades vazias, chagas físicas e psicológicas. Isso era apenas um pouco do horror que a peste bubônica, conhecida popularmente como “peste negra”, deixava por onde passava.
Oriunda na Mongólia e trazida à Europa através do comércio marítimo, a peste negra foi rapidamente disseminada por todo o continente, pois contava com alguns aliados que contribuíram muito para sua rápida propagação: Os ratos, as condições sanitárias e a higiene precária.
A bactéria Yersinia pestis, causadora da doença, hospedou-se em pulgas de ratos e era transmitida ao ser humano através da mordida de ambos, que eram transportados para várias partes da Europa nos navios comerciais e encontraram na mesma um cenário perfeito para proliferação: Esgotos a céu aberto, lixo por toda parte, grandes aglomerados urbanos e, como se não bastasse, as pessoas não tinham hábitos salutares e/ou higiênicos.
Desse modo foi fácil dizimar um terço da população européia. Os centros urbanos ficaram abandonados e os que sobreviveram teriam que enfrentar a falta de alimentos e a crise sócio-econômica que surgiu, pois agora faltava mão-de-obra, os senhores feudais sobrecarregavam os trabalhadores que restaram e ainda por cima os cobravam impostos pelos que morreram.
Além de todos esses transtornos na vida das pessoas, a peste negra ainda mexeu com o imaginário e o pensamento religioso, pois antes dela, a morte, por exemplo, era vista com muita naturalidade pelos medievais, no entanto, após presenciar o horror e o sofrimento dos doentes, a idéia da morte passa a amedrontar o povo e os fez atribuir a peste negra a castigos divinos.
Texto: Lynn Glommy
Correção: The GB
Imagem: Brasil Escola
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